quinta-feira, 30 de abril de 2009

Sobre a simetria

E se um dia, assim de repente, fossemos simétricos.
Os esquerdos então, por fim, seriam direitos,
E os centros seriam reflexos do que os cerca.
Seríamos todos iguais a nós mesmos.
Reconhecer-nos-íamos pela metade do que somos.
Seríamos um todo com o resto faltando.
Haveria simetria no andar,
No falar,
No pensar.
Seria simétrico o racional e o emocional.
E todos seriam diferentes uns dos outros sendo iguais a metade do que são.
Porque tudo é meio.
São meias verdades,
Meia coragem,
Meia sinceridade.
A simetria nos tornaria inteiros.
Seríamos cópias idênticas do que somos faltando,
Seríamos o dobro do que nos falta,
Simétricos seríamos incompletamente inteiros, ainda que sendo somente metade.

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