quinta-feira, 29 de outubro de 2009

3 anos

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E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce

3 anos! O tempo passa rápido né, parece que foi ontem. As vezes parece que faz tanto tempo. Todo o tempo. A vida toda.
E eu podia dizer muitas coisas, mas o que mais me vem a cabeça é "obrigado". Obrigado por me aguentar por esse tempo, e por estar junto quando eu preciso, e por ser sincera, e por brigar comigo, e por me fazer me sentir especial. Mesmo no fundo eu sabendo que eu nem sou.
O que me resta é esperar que venham mais três, e três, e três...

Talvez as coisas fiquem assim pra sempre... Mas talvez isso não seja ruim.
Talvez seja só o jeito que tem que ser.

Obrigado por ser tão imprevisível, assim eu não consigo te ler, e não enjoo de vc!

;D

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

vatomanucú

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Putz meo, sabe quando você se esforça pra caralho e parece que você tá fazendo tudo errado? Odeio essa sensação de saber exatamente pra onde eu to indo mas ter alguém que chega e fala "você tá fazendo do jeito errado". Será que é difícil confiar em alguém de vinte anos, será que só vão confiar na minha capacidade quando eu tiver mais de quarenta.

Isso definitivamente me irrita. Eu odeio que tentem mandar em mim. Eu não obedeço e ainda me estresso. A semana tinha tudo pra ser ruim, e essas coisas tornam ela pior.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Tempos modernos

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O mundo está mudado. De fato está.
As mulheres de hoje em dia só pensam naquilo, só pensam em sexo. As mulheres de hoje em dia não se interessam mais pelos homens solteiros, não, não. Elas preferem os comprometidos. De preferência, os que são casados.
Homens solteiros são pegajosos, saem hoje, ligam amanhã. Quer coisa mais piegas que isso? Hoje, com uma rotina tão atarefada, que mulher quer saber de um homem que se preocupa, que liga, que corre atrás. Insuportável.

domingo, 18 de outubro de 2009

Antes que o final de semana acabe

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Pois é, mais um final de semana está acabando. Isso é horrível e injusto. Cinco dias de trabalho para dois de descanso!
Matemática injusta.

Amo os sábados, mas os domingos são detestáveis. Agora no fantástico está passando uma matéria sobre "o que aconteceu com os ex big brither depois dos quinze minutos de fama".
Eu realmente esperava algo como "sim meus queridos! Todos eles morreram sem deixar filhos, pra não passar o dna adiante". Provavelmente não será assim.
Em todo caso, a esperança é a última que morre.
Infelizmente os BBB também.

Enfim,
Eu nunca consegui ver a fama desse jeito. É meio doentio isso. Essa necessidade das pessoas de quererem ser olhadas. Mas isso nem é uma coisa só de quem participa de reality show. É assustador ver o tanto de gente que morre de preocupação de cuidar da vida social on line. Acaba, muitas vezes, se esquecendo da vida social de verdade.

E casa vez mais se torna importante ter muitos seguidores no Twitter.

Hoje, no incrível programa do Faustão estava passando a "dança das crianças". Particularmente eu achei super meigo a maneira como a Globo enfia o espírito competitivo em crianças de 9 anos.
Fofo.
Elas serão nossas Britneys... Bom, pelo menos isso mantém as revistas de fofoca produzindo e gerando empregos.

E viva o Brasil! Desde 1500 o país do futuro.

Essa coisa de mídia me cansa.
Prefiro continuar sendo invisível.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Reflexão

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Sim, eu me reservo no meu direito de simplesmente ficar aborrecido com o que quer que seja. E, ainda que eu saiba que talvez eu não esteja certo a respeito de certas coisas, eu sei que os sentimentos são incontroláveis. Então, se vem a vontade de me sentir abandonado, que assim seja.
E ser for só manha.
Que seja manha, então.

Enfim.

Já disse por aqui que ler as pessoas sempre foi meu esporte preferido. É a mais pura verdade. Pra escrever, serve um bom e velho papel. Pra ler, livros nunca são demais. Mas, as pessoas são o meu alvo principal. Elas são como livros. Penso eu que só são um tanto mais imprevisíveis.

Assim como não se deve julgar os livros pela capa, não se deve também julgar as pessoas pela aparência. Isso é muito falho. Eu aprendi a não esperar muito das pessoas de acordo com o que eu via. Eu acho a beleza fundamental. Mas antes dela, muitas coisas devem existir.

É lendo as pessoas que agente descobre se elas são um bom livro ou não.

Mas pense assim: cada pessoa é um livro único, não existe tiragem de cem mil cópias. Cada um é um, e só.
Imagine que você achou um livro que esteja gostando muito. E cada página é a descoberta de um mundo novo.
Agora imagine que após o primeiro capítulo todas as páginas foram arrancadas.
É isso mesmo, roubadas.
Lembre-se que cada livro é individual.
Você nunca vai saber o final dessa história.

Essa é a sensação de perder alguém. O que resta é fantasiar como seria o final. Isso fica a critério da imaginação de cada um.

Infelizmente eu sou imaginativo demais. Meus finais de livro são todos épicos.
É uma pena que não seja assim na realidade.

As vezes nem existe final.
Talvez nunca exista final.
Talvez agente só imagine ele.

Talvez seja isso o que esteja acontecendo agora.
Mas bem que eu queria ler as últimas páginas, queria mesmo.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Sexta

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Eu não sei quem estava me dizendo isso a alguns dias atrás, mas é absurdamente verdade

"Agente acredita que sexta é dia de se divertir, então, se acaba ficando em casa vendo TV fica deprimido porque acha que não está agindo como deveria agir. Se sai pra balada e acaba voltando mais cedo, ou voltando sem pegar ninguém, se sente culpado porque acha que não se divertiu. Não fez o que deveria ser feito. O certo é emputecer na madrugada. Se você não faz isso, você é o errado. Bom, talvez ficar em casa, ou sair e não pegar ninguém não seja de todo o mal, talvez exista diversão nisso. Mas agente insiste em fazer o que todo o mundo acha que deve ser feito"


 

Fato!


 

Enfim, hoje fui fazer um exame admissional. É, em minha opinião, a coisa mais idiota do mundo. Eu cronometrei minha consulta, ela durou pouquinho mais do que trinta segundos. O médico só soltou um breve "tudo bem?" e assinou o exame dizendo que estou apto ao serviço. E cá, fico eu pensando, que se tivesse tido um AVC na frente dele, nada teria mudado no parecer.

O sistema não funciona, parece que ninguém vê.

Todos são cegos.

Ou fingem muito bem.


 

Tem muito que fazer hoje, então, por hora é só.


 

'té mais!


 

L!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Oi fossa!

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A dor é algo tão conveniente, não?

Andei reparando nisso.


 

Algumas pessoas que acordam atrasadas pro trabalho ficam torcendo pra que tenha um grande acidente pelo percurso. Porque, bom, elas vão chegar mais atrasadas do que se não houvesse acidente, mas elas têm uma desculpa para o atraso. E pouco importa a dor dos outros.

Isso é bem Clarice Lispector. Mas é a pura verdade.

Eu não deveria ter lido "A Hora da Estrela". Isso causa danos irreparáveis numa criança.

É absurdamente fácil ignorar a dor alheia.


 

Tanto quanto ignorar nossa dor.


 

Quando se está triste nada melhor do que uma dose extra de Maria Bethania, chocolate e filme triste. Dói, mas é bom.

Eu realmente acredito que curtir a fossa faz parte. Faz mesmo. Ajuda a parar, pensar, reagir.

O que é bastante chato é o texto de "levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima". As vezes você só não quer levantar, nem sacudir nada.

E talvez queira ficar por baixo.

Talvez seja bom.

Talvez ensine.


 

Enfim, não acredito no ser triste ou ser feliz... Acredito mais no estar triste, e no estar feliz.

Cada um a seu tempo, e cada um aproveitando o melhor de cada fase.


 

Eu não gosto muito de remédios, prefiro deixar passar.


 


 

Curta sua fossa!

Lucas recomenda:


 

My Immortal – Evanescence

Na Sua Estante – Pitty

Breakdown – Seether

Cantiga Por Luciana – Sandy Leah

Espero – Pato Fu

Estranho Jeito de Amar – Sandy e Junior

I Don't Believe You – P!nk

Insensatez - Fernanda Takai

Love is a Losing Game – Amy Winehouse

Os Outros – Kid Abelha

Sofá Emprestado – Megh Stock

Sally's Song – Amy Lee

Thinking of You – Katy Perry

We Might as Well be Strangers – Keane

We Are Broken – Paramore


 

Se depois disso não se matou, até a próxima!

;D

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Ânimo novo!

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Postando pelo MS Word...

Fica mais fácil por aqui!


 

Deus salve o Bill Gates!

;D


 

=*

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Oê!

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Mais uma sexta... Muita coisa pra fazer (como sempre), e pouco tempo pra fazê-las.

Ou seja... Correr, correr e... Correr!

Tenho que fazer a divulgação do "Teatro A'mostra". Pô, semana que vem jé tem mostra de cenas, passou tudo tão rápido. Tem roteiro pra escrever, estética pra pensar, trabalhos da faculda de pra fazer e, tomara, uma pizza na casa do JC.

Assim agente vai ocupando a cabeça pra esquecer o que incomoda. Ou pelo menos deixar um pouco de lado.
Mas agora tá tudo bem, ou não.

Amanhã é dia!

Agora é hora de almoçar!
Bjo, fui!

=*

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

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Estou provando de sensações que nunca tinha provado. Nem todas boas. Não mesmo.
Ontem um professor meu estava dizendo que há algo de errado quando uma pessoa de quarenta age como se tivesse vinte. Mas, também há algo errado quando alguém de vinte age como se tivesse quarenta.
Isso é obvio, mas eu sempre me recusei a ver isso. E quanto mais eu me pergunto o que está errado, menos respostas eu tenho.
Eu acho que é só angústia. E eu estou realmente mal hoje. Provando de uma sensação que eu nunca tinha provado. A sensação da perda.
Hoje eu tenho que admitir que perdi.

É dolorido pensar que eu fui idiota o suficiente pra achar que as pessoas esperam umas pelas outras. Eu não esperaria. Por que alguém esperaria?
Eu já não consigo mais entender se o que dói é tangível ou intangível. Mas o resultado e claro. E agora, o que fazer?
O que me fazia tão bem, agora sei, vai me fazer muito mal. O que era esperança vai ser a derrocada.
E agora? O que fazer? Como continuar?

Mas agente aprende, e muda...
Não vai ser a primeira, nem a última.

Eu sou um idiota. E chegou a hora de mudar. Decidir o que vale a pena agora.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

hm...

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Prometo (tentar) escrever aqui todo o dia daqui pra frente, hm.

Menos nos finais de semana.
E feriados.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

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Ok, admito, Maíra estava certa!
Eu sou consumista!

FODA-SE!

Mas, bom, é justificável, eu trabalho, e dinheiro não foi feito pra ser guardado.
E, afinal, eu compro coisas que eu preciso.
Ou que eu precisei um dia e não tive. Ou que eu sei que vou precisar.

Esses dias eu estava meio depressivo, o que é tiro-e-queda pra depressão. COMPRAS!
Comprei uma caixa de lápis de cor da Faber-Castel, foi o dinheiro mais mal gasto da minha vida. Porque agora que as aulas começaram, eu reparei que eu não tenho tempo pra desenhar. De qualquer forma, quando eu era criança eu queria muito uma dessas. Mas o máximo que meus pais conseguiam comprar era uma de doze cores, e olhe lá.
Hoje as coisas mudaram, meus pais podem me dar. Mas não dão. Porque o Lucas trabalha e pode comprar. Então, que assim seja!

E Maíra que não reclame, senão tomo o presente que dei pra ela. Viu? Meu consumismo beneficia as pessoas!
Assim eu deixo as pessoas mais felizes!

Estou salvando o mundo!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

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As pessoas podem ser tão vazias as vezes.
Pior é que tem as que são vazias sempre.

hm
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Acho que eu me preocupo demais com as coisas. Sempre me viram como "o cara responsável", acho que depois de alguns anos ouvindo isso você acaba assumindo o personagem. É assim no teatro. Você discute tanto sobre aquela pessoa que mora no papel que em pouco tempo começa a acreditar que ela realmente existe. Que ela, mesmo que não exista, é reflexo da realidade. Ou seja, indiretamente, existe.
Assim foi comigo. E, assim, então, me sinto responsável. Demais.
Acabo me preocupando com tudo, em medidas estranhas. Acho que me preocupo muito com coisas que nem deveria me preocupar, e, dessa forma, me acaba faltando tempo pra me preocupar com o que vale a pena.
É estranho isso, eu sou novo, mas, percebo que já deixei tanta coisa passar.
Mas estou aprendendo. Aprendendo a não ouvir.
Aprendendo a ser surdo.
Estou aprendendo a parar de pensar muito sobre o que as pessoas estão falando ao meu respeito. Eu quero mais é ser feliz. Eu gosto é do estrago.
Nesse jogo de "faz-e-não-faz" estou desagradando muita gente. Principalmente as pessoas que passaram anos me moldando. Eu vivia num monstruoso "seu mestre mandou". De repente, então, cansei de brincar. Matei os mestres e tirei o verbo "mandar" do meu vocabulário.
Estou aprendendo a ser livre. Mas é estranho acostumar.
Mas é assim, agente vai saindo da gaiola. Vai vendo as coisas como elas são.
Agente vai aprendendo.
Devagar. E sempre.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

(y)

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Sim sim!

Eu cometi um erro!

Sabe qndo vc compra algo q sabe q não deveria comprar.

Foda-se!
Agora eu tenho 48 cores de lápis e montes de folhas pra desenho!

\ó/

É...

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Sabe, eu tô me sentindo estranho ultimamente...

http://pt.wikipedia.org/wiki/Estresse

Acho que eu to tendo a certeza de que eu não me pareço muito com as pessoas que estão o meu redor. Isso dá um pouco de medo. É bem estranho, na verdade.

Eu devo só estar precisando escrever, me acalmar. Sair sozinho pra uma longa caminhada, talvez.

Logo passa.

Aew!

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Voltando práessa poha!

Post mais tard,

Bjo me liga!

=*

domingo, 5 de julho de 2009

Música Nova!

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O dinheiro agente guarda
Sentimento agente guarda
Amor agente deixa pra lá

Dos seus sonhos esquece
Das vontades esquece
O medo agente quer controlar

Eu guardo meu medo nesses frascos frágeis
A qualquer momento podem se quebrar
Eu guardo o amor nesses frascos frágeis
Que a qualquer momento podem se quebrar

O dinheiro agente guarda
Sentimento agente guarda
Amor agente deixa pra lá

Dos seus sonhos esquece
Das vontades esquece
O medo agente quer controlar

O dinheiro é quem manda
Sentimento empobrece
Tem medo de não se adaptar

Felicidade se esquece
O futuro esquece
Amor só serve pra atrapalhar

Eu guardo meu medo nesses frascos frágeis
A qualquer momento podem se quebrar
Eu guardo o amor nesses frascos frágeis
Que a qualquer momento podem se quebrar


E vem o medo do amor se espalhar
Eu tenho medo do amor se espalhar

"Agente só divide o que não quer mais guardar"

Eu guardo meu medo nesses frascos frágeis
A qualquer momento podem se quebrar
Eu guardo o amor nesses frascos frágeis
Que a qualquer momento podem se quebrar

sábado, 27 de junho de 2009

Sem título

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Agente se contenta com o café mais fraco
Se consola com a bebida mais barata
Se joga do penhasco mais baixo

Agente se afoga no poço mais raso
Se alegra com o sorriso mais ameno
Se deixa levar pela canção mais simples

Agente decora as rimas manjadas
Se acostuma com o mínimo salário
Se acomoda em ver a vida pela menor janela

Agente se habitua a gritar silenciosamente
Se sufoca com o ar mais puro
Se delicia com uma vida light

Agente não se importa em viver no "mais ou menos"
Se cria em espaços pequenos
E assim agente vai vivendo

domingo, 14 de junho de 2009

=D

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Não Maíra,

eu num digo q vo postar soh pra vc fikar kieta!
=\

ok!
só d vz em qndo!
=B

=*

sábado, 13 de junho de 2009

ah o amor

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Eu realmente keria q esse texto fosse meu

Eu sempre achei que o amor, o grande amor, fosse incondicional. Que quando duas pessoas se encontram, que quando esse grande encontro acontece, você pode trair, brochar, dar todas as porradas, se for grande o amor, ele voltará triunfal, sempre. Mas nenhum amor é incondicional, então acreditar na incondicionalidade do amor é decididamente precipitar o fim do amor, porque você acha que esse amor agüenta tudo, então de um jeito ou de outro você acaba fazendo esse amor passar por tudo, e um amor não agüenta tudo, nada nessa vida é assim. Daí você fala que esse amor não tem fim para que o fim então comece. Um grande amor não é possível, talvez por isso seja grande. Então, assim, nele, obrigatoriamente pode caber também o impossível. Mas quem acredita? Quem acredita no impossível que não apaixonadamente? Como a um deus, incondicionalmente.

Resposta

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Eu me escrevo porque eu não sei nada de mim
Eu deixo pra me ler depois
Eu me estudo um pouco
Eu sou reprovado por mim mesmo

Momento

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Então as mãos se entrelaçam
As respirações se confundem
As bocas se misturam
Os toques se completam
Corpos se fundem
Olhares se encontram
Até os olhos se fecharem
Pensamentos se encontram
Até os pensamentos acabarem
Para as sensações começarem
O calor congela
A pele gruda
O cheiro entorpece
O tempo para
O momento acontece

Mais valia

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Vão lucrar com tudo de bom que há em você
Vão sugar tudo de bom que há em você
Vão te corromper
Te obrigar a fazer coisas que você não quer fazer
Agora te prendem numa gaiola
E te obrigam a cantar
Um dia vão cortar suas asas
E te obrigar a voar
E você não sabe voar
Você não pode voar
Nunca pôde voar
Vão lucrar com tudo de bom que há em você
Vão sugar tudo de bom que há em você
Vão te corromper
Te obrigar a fazer coisas que você não quer fazer
Agora você é uma engrenagem
De uma máquina que vive a errar
Te apontam o dedo na cara
E então você não pode falhar
E você não sabe acertar
Você não pode falhar
Nunca pôde errar
Vão lucrar com tudo de bom que há em você
Vão sugar tudo de bom que há em você
Vão te corromper
Te obrigar a fazer coisas que você não quer fazer
Hoje anda só no mundo
Sente medo do que não pode fazer
Se perde ouvindo tantas vozes
Foi assim que o ensinaram a ser

Canção da solidão

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Bloquearam meu Orkut
Censuraram meu Blog
Nem privacidade eu tenho mais

Bloquearam o submarino
E o twitter.com
Nem mexer no Google eu posso mais

Tem anti-vírus o dia todo
Até o Windows ta no rolo
Nem configurar eu posso mais

Vasculham o Outlook
Metem as mãos nos meus cookies
Nem favoritar consigo mais

MSN eu nunca vi
Esse é o meu emprego
Das oito às seis me sinto tão só
E não há nem um My Space pra me consolar

terça-feira, 9 de junho de 2009

Aniversário de terça

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Porque infernos aniversários não caem sempre nos sábados ou sextas
E SIM, EU SEI Q É IMPOSSÍVEL

mas vamos lá, aniversário na terça-feira:
* Acordar cedo
* Trabalho
* Faculdade
* Novela das 8
* Casseta e planeta
* Envelhecer e ficar um passo mais proximo da morte!

Axo q aniversários me assustam
Essa coisa de viver me assuta um pouco
Principalmente qndo não dá tempo de viver

De qualquer forma, eh um dia pra se sentir mais amado. Eu recebi e-mail, mensagem de voz, de texto, scrap, beijinhos, abraços e apertos de mão.
E fizeram uma comemoração pra mim no escritório!
A vida eh boa
Fato
Dá medo
Mas e boa!

E eu to feliz demais, mesmo
Eu tenho as pessoas que eu amo do meu lado, eu trabalho, eu estudo
Sabe o engraçado? Na hora q eu cortei o bolo, aquela hora em que todo mundo diz "faz um pedido", eu não tinha pedido pra fazer.
Sério
Acho q a unica coisa que eu quero é que as coisas continuem nesse ritmo.

É, eu to feliz!
^^'

Feliz aniversario pra mim!

[lucas versão 2.0]

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Meu poema de dia dos namorados!

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Ado-a-ado
Cada um com seu namorado
Ado-a-ado
Cada um com seu namorado

O mundo está perdido
E eu não vejo solução
Todo mundo desiludido
Despedaçado o coração

Ado-a-ado
Cada um com seu namorado
Ado-a-ado
Cada um com seu namorado

Ninguém se importa com o amor
Nem sabem o quanto é bom
Se preocupam mais com o valor
Namoro é no submarino ponto com

Ado-a-ado
Cada um com seu namorado
Ado-a-ado
Cada um com seu namorado

Dia doze chegou
E a fatura do cartão chegará
Não se preocupe se o amor passou
Teu presente ganhará

Ado-a-ado
Cada um com seu pré-datado
Ado-a-ado
Cada um com seu pré-datado

terça-feira, 2 de junho de 2009

As mentiras

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Conte-me quantas mentiras você contou hoje.
Provavelmente você mentiu.
E quando diz que não, mentiu pra você mesmo
As mentiras fluem, todos contam
Quem não conta deve
Quem deve conta
E todos contamos
Pois desde crianças aprendemos a contar
Primeiro um
Depois Dois
Depois três
Depois aulas de português pra aprender a pedir desculpas
E tudo de novo
As mentirinhas fluem
Somos feitos pra mentir
Todo mundo mente
Mas quem garante que isso não foi uma mentira
Eu minto
E isso foi uma mentira
Isso também
E isso também

segunda-feira, 18 de maio de 2009

^^

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Eu tô melhor

Definitivamente melhor!

^^

Quase pronto pra outra

[detalhe, injeções no braço. Ainda não tive muita coragem pra ver os furinhos =\]

=*

domingo, 17 de maio de 2009

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Olá, eu sou um ser humano
A cada dia que passa estou mais próximo de minha morte
O que me resta a fazer é antecipá-la
Começo meu processo de auto-destruição assim que os adultos me considerarem educado
Aprenderei a consumir o desnecessário
E a ridicularizar o que mais preciso
Aprenderei a dor da distância
Aprenderei a ficar distante de todos os que estão ao meu lado
Eu verei a vida pela janela
Empurrarei meus planos pra amanhã
E acreditar será mais difícil
Porque eu vou crescer
E perder toda a maturidade da criança que fui
E quando tudo der certo
Eu vou esquecer de comemorar
Não vai dar tempo
Quando der errado
Certamente encontrarei alguém pra culpar
Eu vou perder coragem
Ganhar medo
Eu sou um ser humano
Eu vou errar
Aprender a ser auto indulgente
Vou aprender a negar
Aprender a ser negligente
Não vai mais me incomodar a dor
alheia
Só o que é meu me incomoda
O que corri pra ganhar
E agora nem sei o que fazer
Eu vou aprender a me arrepender
E ficar arrependido pra sempre
Vou trancar as portas
Trancar as janelas
Eu não vou deixar o sol entrar
Vou trancar os olhos
Trancar o coração
Eu não vou deixar você entrar
Daqui a alguns anos
Vai tudo acabar
Vou fechar meus olhos
Parar meu coração
Eu vou fazer você chorar

Sem título 1

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Quando agente não sabe o que escrever
Agente junta as palavras
Procura lá no fundo
As que combinam com o momento
Mesmo que elas não combinem
Mesmo que elas não queiram ser combinadas
Então está escrito
Está feito
E o milagre acontece
As palavras viram frases
E assim
De repente
Como que por mágica
As frases têm sentidos
E os sentidos, sensações
As sensações, desejos
E dos desejos vem o calor
E o calor só existe pelo frio
E então os opostos se atraem
Eles precisam uns dos outros pra viver
As palavras precisam de pontos finais
Para então poder recomeçar
O frio precisa de alguém pra esquentar
Alguém precisa de outro alguém pra completar

=\

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Viver dói,

Minha garganta também!

=\

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Sobre a estética nos textos

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Fato. A estética nos textos hoje em dia é algo de extrema importância. Esses dias encontrei dois sonetos numa academia decididos a chegar ao próximo verão com pelo menos um terceto a menos.
As crônicas agora andam de cabelos alisados e já não são mais tão verdadeiras, os textos jornalísticos recusam-se a usar ternos que não sejam de alta costura.
As dissertações se enchem de penduricalhos, jóias e metáforas por todo o corpo. As descrições se fartam de Dolce e Gabanna e passam a maior parte do tempo tentando conquistar os poemas, mas esses nem dão bola, por sua vez correm atrás dos textos de blog. Estes sim lançam moda, todos os textos querem ser os tops da internet.
Estética textual é tudo.
Hoje bons livros não são nada sem boas capas e desfilam pelas melhores prateleiras das melhores livrarias do circuito mundial. Antes os Best Sellers duravam pela eternidade a fora, hoje não chegam aos dez anos de carreira, o sucesso de hoje é o calço de mesa de amanhã. Bons livros depois de cinco anos já não são nenhuma Gisele, acabam no mundo das drogas, se enchem de figuras de linguagem, gírias. Uma tristeza.
Para entrar em forma, cada vez mais os livros se enfiam em dietas loucas, hoje são magérrimos. Os de mais de cem páginas já podem ser considerados obesos e nem encontram capas em qualquer loja. Acabam se tornando freqüentadores de brechós de mal gosto para tamanhos especiais.
Livro bom é livro anoréxico.
Estética é tudo.
Saldemos a literatura metrossexual.

Aew!

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Blog de cara nova...
\o/

Vou tentar criar vergonha na cara e deixar esse template por mais de um mês!
=P

BjO!

Postei texto antigo, prometo postar mais no final de semana!
^^

[preguiça de digitar! =\]

=*

Prece

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Senhor, agradeço-te por ter me dado alguém que me batia quando eu fazia bobagem, me xingava, me chamava de preguiçosa e folgada, mas apesar de tudo me ama, foi quem me deu a vida. Eu a chamo de mãe.
Senhor, eu te agradeço por ter me dado um rapaz que me batia, me xingava, roubava minhas coisas, fazia coisas erradas e depois colocava a culpa em mim. Eu o chamo de irmão
Eu fui crescendo e aprendendo várias coisas sobre a vida. Conheci rapazes que me levavam pras nuvens, me faziam feliz e nunca me ligavam no dia seguinte. Eram os ficantes.
Depois eu conheci os homens que me levavam pra conhecer a família, me davam flores no meu aniversário, pagavam a conta do restaurante, mas depois de algum tempo se tornavam um encosto. Esses eram os namorados.
Depois de adulta amadureci e encontrei ele. Aquele infeliz que me tira do sério, fica deitado o dia inteiro, eu bato nele, xingo, chamo de preguiçoso e folgado, mas apesar disso ainda diz que me ama. Só falta me chamar de mãe.
Ele rouba minhas coisas, faz besteira e põe a culpa em mim. Ele não me leva pras nuvens, mas infelizmente sempre liga no dia seguinte. Ele esquece do meu aniversário, nunca me leva pra lugar nenhum. É um encosto.
Esse eu chamo de marido.

Sobre a simetria

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E se um dia, assim de repente, fossemos simétricos.
Os esquerdos então, por fim, seriam direitos,
E os centros seriam reflexos do que os cerca.
Seríamos todos iguais a nós mesmos.
Reconhecer-nos-íamos pela metade do que somos.
Seríamos um todo com o resto faltando.
Haveria simetria no andar,
No falar,
No pensar.
Seria simétrico o racional e o emocional.
E todos seriam diferentes uns dos outros sendo iguais a metade do que são.
Porque tudo é meio.
São meias verdades,
Meia coragem,
Meia sinceridade.
A simetria nos tornaria inteiros.
Seríamos cópias idênticas do que somos faltando,
Seríamos o dobro do que nos falta,
Simétricos seríamos incompletamente inteiros, ainda que sendo somente metade.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Vida ocupada --‘

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Logo voltarei com mais textos.

Já estão escritos, falta só o tempo pra postar. =\


 

=*

domingo, 22 de março de 2009

Toalha pouca é bobagem

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Eis um fato, doze entre dez casais (incluindo também aqueles dois vizinhos bisbilhoteiros) concordam que a toalha molhada em cima da cama é um vírus que mata a paciência pouco a pouco. Essa situação não era diferente na casa de Juliana e Rodrigo. Ela havia se controlado durante anos, tinha tido conversas, tinha tentado ser gentil, mas nada havia funcionado. Todos os dias o ritual era exatamente igual: Rodrigo chegava e arrumava milimetricamente os sapatos atrás da porta. Dentro do cesto de roupa suja colocava sem amarrotar a camisa que havia usado durante todo o dia, despia-se de forma com que nada ficasse fora do lugar, quando entrava no banheiro para o banho a casa estava impecável, como se homem algum tivesse passado por ali. O que vinha após o banho matava Juliana dia após dia.
Rodrigo saia do banho renovado, a cara mais corada, o corpo com um cheiro agradabilíssimo, e a toalha molhada... Em cima da cama. Do lado em que Juliana dormia. Juliana dormia no úmido, e sonhava os mais variados sonhos. Enforcar Rodrigo com a toalha molhada já era clichê.
À medida que o tempo ia passando, a paciência da moça ia se esgotando. Vivia num casamento perfeito, não era uma toalha que ia acabar com a felicidade digna de uma propaganda de margarina. Ocorrera uma idéia a Juliana.

- Juliana, cadê nossa cama?
A doce esposa entrava no quarto com um sorriso triunfal e postura digna de rainha enquanto degustava cada segundo em que Rodrigo segurava a toalha molhada, certamente procurando o seu habitual alvo.
Depois que Rodrigo saiu para o trabalho ela não teve dúvidas, se a toalha na cama era o problema, ou a toalha ou a cama deveriam ser banidas daquela casa... A cama perdeu, ela havia gastado muito tempo bordando “ele” e “ela” nas toalhas para que essas fossem atiradas ao lixo.
- A essa hora nossa cama deve estar esquentando a noite de algum mendigo, provavelmente virou uma bela fogueira, com colchão e tudo!
- Mas onde agente vai dormir?
- Você pode forrar no chão essa toalha que você usou pra se secar, mas do seu lado, por favor!
Juliana sabia que no outro dia Rodrigo compraria uma nova cama e aquilo seria motivo para muitas e muitas brigas, mas dormiu contente consigo mesma. E o melhor, seca!

Sobre a sinceridade masculina

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A humanidade busca incansavelmente a igualdade entre os sexos. Em termos, essa busca é de extrema importância, apesar de sexos diferentes as pessoas possuem a mesma essência, logo devem ter os mesmos direitos. É impossível, entretanto, dizer que homens e mulheres são (ou serão um dia) iguais.
Freud diz que num certo período da vida as meninas descobrem que falta algo nelas, se sentem castradas e a sociedade se encarrega de treiná-la para seu futuro brincando de casinha e cuidando de suas bonecas que são metáforas do que serão um dia seus filhos. Por outro lado, os meninos se vêem iguais ao pai quando descobrem o falo, daí em diante se sentem “o sexo forte” e passam a acreditar que sua missão é defender o sexo oposto. O sexo frágil.
Essa é a primeira de muitas burrices que o homem comete na vida.
A maior diferença entre os dois sexos é: as meninas crescem e se tornam mulheres, os meninos crescem e continuam sendo meninos. Para sempre.
Homens geralmente não se dão muito bem com sinceridade e quando se fala de relacionamentos amorosos a situação se torna apavorante. E o pior de tudo é saber que isso foge do assunto traição, homens não se dão bem em nenhuma parte do relacionamento onde se é necessária sinceridade. Um erro de programação no processo de criação do homem fez com que a regulagem da sinceridade fosse prejudicada. Homens são extremamente sinceros ou extremamente falsos. Sem meios-termos.
Se servir de dica, nunca peça para um homem ser sincero. Ele será.
- Nando, sabia que eu te amo?
- Ah! Que lindo... Obrigado!
Nando voltou ao Playstation como e nada tivesse acontecido.
- Você deveria dizer que também me ama!
- Mas lembra que você me pediu pra ser sincero?
- Então você não me ama? Quando você dizia que me amava não era sincero? VOCÊ JÁ ME DISSE ALGUMA COISA SINCERA FERNANDO?
Ele deu um pause e se demorou pensando.
- Bom, eu não menti quando disse que aquele seu vestido azul é lindo.
- Foi você que me deu ele de presente!
- É, eu tenho bom gosto. E isso também foi sincero.

As coisas são como devem ser e a natureza faz as coisas da melhor maneira possível, homens são assim, e nada mudará isso, é assim que deve ser. Nesse contexto podemos separar a raça homem em dois grandes grupos: os que sabem que não são sinceros mas não sabem lidar com isso, e os que sabem que não são sinceros mas aprenderam com o tempo a driblar essa deficiência com a falsidade ou o cinismo. Duas características extremamente masculinas.
- Fernando, você lembra aquela viagem pra Bonito?
- Lembro sim amor, lá é realmente bonito.
- E aquele carnaval em Salvador?
- Também amei essa, mas acho que o carnaval no Rio foi bem melhor. Belas noites lá!
- Eu nunca fui pro Rio.
- Nem eu – é nessas horas que a inteligência masculina funciona – Brincadeirinha. Mas vamos no próximo carnaval. Eu até já comprei as passagens. Era uma surpresa. SURPRESA!
Fernando teve que vender o Playstation no dia seguinte para comprar as passagens.

Existe um terceiro tipo de homem, mas esses são os impuros. Não se fala muito deles. É uma classe que tenta lutar contra a falta de sinceridade masculina. Tentam ser sinceros. Nunca funciona.
- Eu não quero mais ser seu namorado.
- O que? Me dê um bom motivo pra eu aceitar isso.
- Eu não te amo mais.
- Eu sei que você me ama. Eu vejo nos seus olhos.
O rapaz então fecha os olhos.
- E agora, estamos separados?
Depois daquela frase ele conseguiu abrir somente o olho esquerdo. O direito estava inchado, e doía. Aquilo ia precisar de gelo, sem dúvida.

Oficializar

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Bruna e Cláudio estavam na fase mais excitante do recente relacionamento, tinham paixão o suficiente para não conseguir parar os instintos carnais e segurança o suficiente para saber que não estariam separados no dia seguinte. A relação chegara a um novo nível.
Cláudio estava aflito quando tocou a campainha da casa de sua amada, havia tomado uma decisão, era chegada a hora de os dois tornarem-se um casal perante a sociedade. Pediria Bruna em namoro.
- Cláudio, você não disse que viria hoje – disse Bruna com o olhar apaixonado.
- Eu precisava falar com você...
- Parece ser algo importante.
- E é.
- Pois diga.
- Eu não sei bem como dizer, eu nunca fiz isso antes. Eu queria te pedir...
A essa altura os olhos de Bruna já lacrimejavam de tanto amor, ela sabia o que estava por vir.
- ... Pra ser minha namorada!
Bruna não conseguiu se controlar, abriu um largo sorriso e soltou um “sim” que pode ser ouvido pelos vizinhos. Cláudio estava nas nuvens.
- Então vou pra casa. Mudar meu status no Orkut!
- Vá logo meu amor.
Enquanto via Cláudio ficando cada vez mais longe, Bruna encostava-se ao batente da porta pedindo que o Google abençoasse esse novo namoro.

Finito

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Naquela noite Marcelo decidiu extravasar. Beberia qualquer coisa que fosse mais alcoólica do que cerveja, pois esta somente fazia cócegas no seu rim. Chegaria em casa e daquela noite em diante tudo seria diferente. Seu casamento havia chegado num ponto insustentável, era chegada a hora de dar um basta.

- Marcelo, você está bêbado!
Marcelo não se sentia bêbado. Talvez um pouco tonto, com enjôos e com coragem para mandar o patrão ir para o inferno, de onde nunca deveria ter saído.
Talvez estivesse um pouco alto, admitia.
Pensou uns instantes em como sua sogra era uma mulher amável.
Ok, ele estava completamente bêbado.

Durante o mês que estava terminando Marcelo refletiu muito sobre o real significado do casamento. Ouviu relatos de amigos, conversou com colegas de trabalho, se abriu com os familiares. Fez de tudo que podia, nada conseguia mudar a sua opinião. Não vivia num casamento de verdade.
- Eu quero me separar!
Camila começou instantaneamente a chorar.
- Você é louco! Louco e bêbado!
- Marcelo concordava com o “bêbado”. O “louco” era conseqüência.
- Camila, você percebeu quantas vezes brigamos nesse mês?
- Nenhuma!
- Isso mesmo! Quantos casais você conhece que não brigam?
- Nenhum!
- Viu? Nosso amor está fadado ao fracasso! Cedo ou tarde vamos nos cansar de todo esse amor e essa felicidade. E você sabe o que vai sobrar?
Camila se sentia confusa demais para responder.
- FILHOS! Que irão viver numa rotina sufocante cheia de amor e felicidade por todos os cômodos da casa.
- Isso não me parece ser tão...
- E nas reuniões da escola. Quantos alunos vão ter os dois pais do lado? Eu respondo: quase nenhum. Nossos filhos estarão na minoria oprimida! E nem vai ter lugar pra nós dois sentarmos... ONDE AGENTE VAI SENTAR CAMILA?
Camila soluçava e ia parando de chorar.
- É, acho que você tem certa razão. Essa coisa de família feliz é mentira. É como dizem, casamento é uma instituição falida.
Fez-se o silêncio. E ele dizia muito.
- Eu te amo Marcelinho.
- Eu também te amo Camilinha. Amanhã eu vou encontrar um advogado pra dar entrada nos papéis do divórcio.
- Agente se vê no tribunal amor.
Naquela noite ela dormiu na cama e ele no sofá. Apesar de todos os pesares, ele descansou a cabeça no travesseiro e dormiu com um sorriso estampado no rosto e uma conclusão estampada na cabeça: agora sim estava casado.

Dignidade feminina

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Há quem diga que o amor é cego, pois digo, ele não é. Na verdade o amor é burro e, em alguns casos, masoquista.
Numa dessas noites quentes, Joana demora mais do que habitualmente demoraria a chegar em casa. Seu marido a esperava sentado na cama do casal.
- Posso saber o porquê da demora?
- Claro meu amor. Foi o trânsito.
- Mas você nem trabalha de carro!
- Justamente por isso estou aqui, se viesse de carro ainda estaria presa no trânsito.
- O que?! Mas, que marca roxa é essa no seu pescoço?
- Lucio, você não vai acreditar. Entrei numa briga
- Você saiu na porrada? Com quem?
- Skinheads!
- Você brigou com uma gangue de skinheads?
Era demais para Lucio, levantou e começou a andar freneticamente pelo quarto. Joana parecia muito calma ao explicar os fatos.
- É lógico que não amorzinho! Eu não conseguiria.
- Mas...
- Foi um só! Mas foi horrível!
- E você sobreviveu?
- Logicamente meu querido, eu sou faixa rosa no judô.
- Não existe faixa rosa!
- Você já lutou judô?
- Não.
- Então me desculpe, mas você não sabe de nada!
- Você realmente acha que eu vou acreditar nessa história?!
- Eu é que pergunto meu amor! Você não vai acreditar que sua esposa faixa rosa no judô brigou com um skinhead?
- Não!
Joana começa a chorar teatralmente.
- Como você pode não acredita na sua esposa?
- Talvez seja melhor você não ser mais minha esposa. Eu quero divórcio!
Joana parou instantaneamente de chorar
- Ok!
- Só precisamos decidir como será feita a divisão dos bens.
- É simples! Metade pra cada um. Mas eu quero a metade maior!
- AHN?!
- Meu benzinho, foi você que pediu divórcio, vai ter que e dar pensão e tudo mais! Eu posso até alegar abandono de lar!
- Mas eu não abandonei o lar!
- Onde você esteve durante essa semana das oito da manhã até as seis da tarde?
- No trabalho!
- Se estivesse em casa isso tudo não estaria acontecendo. O nosso casamento fracassou e a culpa é sua!
- Parece que você queria que eu pedisse o divórcio!
- Claro que não. Eu estou arrasada!
Joana falava enquanto tirava as malas já feitas de dentro do armário.
- Eu amei nossos anos juntos meu querido. Você sabe o numero da minha conta, né? Se não depositar, vai preso!
Lúcio estava mudo.
- Já que estamos nessa onda de dizer a verdade, aproveito pra anunciar minha gravidez. Você vai ser papai ex-amor! Alguém vai ter que pagar pensão até o filhão fazer 21 anos! Foi um prazer benzinho, até a próxima.
Joana foi saindo com sua mala de rodinhas batendo em seu calcanhar. Da janela do quarto Lucio pôde ver Joana entrando no carro de um desconhecido.
Lucio teve a leve impressão de que estava sendo trocado por outro. Pelo menos Joana teve a dignidade de somente partir com outro depois de o casamento estar terminado.

Amor é bom porque é cego, se fosse surdo...

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- Amor, você prefere que tom de verde?
- O mais claro.
- Isso é azul, você nem olhou!
Com os olhos pregados o futebol, Marcos teve a leve impressão de que algo acontecia ao seu redor.
- Você nunca me ouve!
- Desculpe querida, você poderia repetir, eu não ouvi.
Ana jogou a palheta de cores no chão. Agora Marcos sabia o que estava acontecendo. Uma briga!
- Meu amor, me desculpa, mas é a final do campeonato!
- E essas são as cores pro quarto do nosso filho.
- Ele nem nasceu! FALTA... Alguns meses ainda! E quando nascer nem vai saber o que é verde ou azul
- Como você é insensível!
- Eu não sou insensí... GOOOOL!
Naquela noite Marcos dormiu no sofá.
E ele nem ao menos sabia por quê.
Não fazia diferença, seu time era campeão.


Os dias foram passando e Marcos notou algo estranho, um cômodo novo na casa.
Um cômodo bem decorado, bonito.
Um cômodo... Rosa.
- ROSA?
- Pensei que não fizesse diferença, o bebê nem vai saber qual a diferença de rosa, azul, verde, amarelo...
- Achei que agente fosse conversar sobre isso.
- Da última vez você estava muito ocupado. Mas podemos conversar agora. Eu acho que...
- Sabia que eu acho o rosa uma cor muito bonita.
Fim do assunto.

Amélia

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Amélia não tinha a menor vaidade. Amélia é que era mulher de verdade.
Roberto era casado com Amélia. Roberto é que era feliz de verdade.
Ele costumava chegar do trabalho sempre as oito da noite, mas se numa sexta-feira de calor decidisse chegar as quatro da manhã, Amélia não reclamaria.
Amélia nunca acordava Roberto de madrugada para reclamar dos seus roncos que mais pareciam o som de porcos agonizando para morrer. Amélia deixava Roberto em paz quando ele queria passar o domingo todo coçando suas partes íntimas e vendo futebol, ela nunca falava nada contra. E quando acontecia de colocar o copo de cerveja suado em cima da mesinha de centro da sala, ela nem saia gritando pela casa.
Amélia era rara. Não era do tipo que passava horas discutindo a relação, e se Roberto fizesse alguma reclamação, Amélia simplesmente não respondia.
Enquanto passava horas no bar, seus amigos sempre voltavam para o fatídico assunto: mulher fala demais. Reclama da roupa jogada no chão, reclama da toalha em cima da cama. E mesmo que se jogue a roupa em cima da cama e a toalha no chão, certamente suas esposas continuarão reclamando.
Roberto tinha um grande amigo chamado Bartolomeu. Este vivia reclamando que sua mulher gritava alto demais.
- Alzira nunca consegue gritar baixo. E se eu digo isso pra ela, ela berra mais ainda. Eu não consigo entender – dizia ele tristonho.
Roberto saia do bar com um sorriso de um marido satisfeito no rosto. Mesmo com bafo de bêbado, marcas de batom e cheiro de cigarro, Amélia certamente não diria um “a” sobre isso. Ele dormiria feliz, como dormiu durante todos esses anos.
Enquanto no silêncio de sua casa vestia o pijama, Roberto pensava “Que bom que Amélia não é como Alzira”
Roberto se deixou levar pelo calmo sono. Nunca se arrependeu de ter se casado com uma mulher muda.

Adamastor

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Adamastor era o tipo do homem que se escreve com “H” maiúsculo e com “n” no final, porque homem que é homem não precisa dessas frescuras de saber escrever direito. Adamastor odiava viadagem e não tinha amigos íntimos, porque isso é muita viadagem. Adamastor não comia mel, mascava a abelha. Adamastor era homem como não se faz hoje em dia, ele tinha as rédeas de seus relacionamentos.
- Vamos logo mulher, ta demorando demais.
- Minha roupa está boa?
Adamastor era homem, homem não sabe ser sutil.
- Quando você vestir eu respondo.
- Mas eu estou vestida!
- E cadê o resto?
- Você vive implicando com minhas roupas.
Adamastor era homem, homem não foge de brigas.
- E você vive seminua. Nós não vamos sair assim!
- OK!
Adamastor havia ganhado a briga, ele era macho, machos dominam as fêmeas. Mas não soube disfarçar a cara confusa que fez quando a fêmea em questão pegou o telefone e começou a discar. Adamastor era homem, homens não têm o raciocínio tão rápido.
- Oi Íris, vamos sair hoje?
O instinto macho que vinha de seus ancestrais fez Adamastor tomar o telefone e desligá-lo.
- Você ia ter coragem de sair sem mim?
- Ia não, vou!
Adamastor não conseguiu impedi-la de sair, homens não são bons com argumentos. Na verdade, Adamastor acha que usar palavras como “argumentos” é viadagem.
O que restou foi se jogar no sofá e discar pro amigo do futebol.
- Marquinhos, acho que ela não me ama.
Pôs-se a chorar
- Calma cara! Pô, você é homem, homens não choram.
Adamastor chorou.

Acredite no poder do branco

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Raquel esperava ansiosamente pela visita da garota que iria roubar o mais preciso bem que tinha. O filho. Passara o dia fazendo aquela macarronada com o molho que, como dizia seu filho “ninguém no mundo conseguia fazer igual”. Fez também o estrogonofe que, igualmente segundo seu filho, era o prato preferido na nova namorada. Acidentalmente deixou cair algumas colheres de sabão em pó no estrogonofe. Raquel lembrou que deveria avisar para que não comesse o estrogonofe. Lembrou também que se esqueceria de avisar isto para a garota. Acidentalmente, claro!

A mulher ouviu o minúsculo poodle latir alegremente, só latia daquele jeito quando ele chegava.
- Augusto, meu bebê!
A recepção foi maravilhosa, repleta de beijos, abraços, afagos, elogios e conversas calorosas. Durante esse tempo em que mãe e filho matavam a saudade, a garota encarava o poodle, que a encarava de volta. Ele não estava feliz.
Passados longos e constrangedores minutos, Augusto lembrou que havia uma mulher ao seu lado. Logicamente que não era sua mãe, Augusto acreditava na castidade de Raquel, ela não era mulher, era somente sua mamãe. Curiosamente, nem Augusto nem Raquel conheciam Freud.
- Mamãe, essa é Sofia. Minha namorada!
- Ah!
Na mente doentia de Raquel “ah” poderia assumir diversos significados. Cabe perfeitamente para esse momento: Então você é a vaquinha safada que quer roubar meu bebê!
Enquanto os homens (Augusto e o poodle) viam TV na sala, Sofia e Raquel conversavam amigavelmente na cozinha.
- Augustinho disse que você ama estrogonofe, fiz especialmente pra você
- Dona Raquel, nem precisava ter se incomodado!
- Precisava, precisava muito! Prove um pouco.
- Acho melhor esperar o Augusto.
- Menina, não seja bocó! Senão quando casar ele vai quere mandar em você! E de qualquer forma, estou tão insegura, nunca fiz estrogonofe. Prova, vai!
- Eu realmente acho melhor...
- PROVE!
Sofia se viu obrigada a provar. Provou generosas colheradas. E fez cara de quem amou.

Todos estavam confortavelmente acomodados nas cadeiras, prontos para o almoço quando teatralmente Raquel quebra o silêncio.
- PUUUTZ!
Como se não fosse suficientemente bizarro uma mulher de quase cinqüenta anos dizendo “putz”, ela continuou:
- Melhor não comer o estrogonofe.
- Porque mamãe? Está com uma cara ótima!
- Dona Raquel, eu não falei nada pra não te decepcionar, mas o gosto está meio estranho.
Sofia tomava bons goles de suco para aliviar o gosto de sabão.
-Pois é, acho que eu acabei derrubando uma coisinha que estava do lado da pia dentro do estrogonofe. Que descuido o meu!
- O que caiu no estrogonofe?
- Se eu disser, vocês vão rir muito de mim!
Eles riram educadamente.
- Talvez tenha caído uma colher de sabão em pó. Como eu sou desastrada!
Eles pararam de rir.
- COMO A SENHORA ME DEIXOU PROVAR ISSO?
- Mamãe, pelo amor de Deus, isso não é coisa que se faça!
- Calma crianças, vocês não tem senso de humor?
Eles não riram. Nem que educadamente.

Eles podiam gritar, xingar e chorar. Mas o mal feito já estava feito. O estômago de Sofia ia ficar três vezes mais branco do que com os sabões em pó comuns. Porque Raquel tinha classe. Usou sabão em pó com alvejante.
Agora Sofia tomava suco direto da jarra.
- Mãe, você não ter vergonha de ter dado comida com sabão pra minha namorada?
- Vergonha do sabão nem tanto, tenho mais vergonha de ter feito o suco com a água do cachorro.
Sofia cuspia.
- Brincadeirinha! Já vi que você é uma garotinha sem senso de humor. Eu sei que meu bebê não gosta disso. Cuidado mocinha!
Agora Sofia não cuspia mais o suco. Cuspia fogo!
- BRUXA VELHA!
Como num grotesco episódio de Maria do Bairro, Raquel pôs-se a chorar.
- Filinho amado, você do que “essa-mocinha-aí” me chamou?
- Ah mãe! Você pediu!
- Velha desgraçada!
- E você é uma vadiazinha que não merece nem as colheres de OMO que estão aí dentro!
- COLHERES? VOCÊ DISSE QUE TINHA UMA!
- Uma, ou duas, ou doze... Que diferença faz?
- HÁ HÁ! OK! Eu ia te dar um tapa, mas agora vou te dar doze, afinal, não faz diferença!
- Calminha aí garotinha infeliz. Você primeiro tem que ficar de molho por trinta minutos, depois começa a centrifugar! Como você é iniciante, decidi colocar a quantidade pra um ciclo suave!
Era uma piada.
Raquel riu.
Sofia voou em seu pescoço!
- Augusto meu mimo, ela vai me matar!
- Fique tranqüila que eu não vou te matar, mas você vai levar umas belas bofetadas, ah vai!
- CHEGA! VOCÊS DUAS, QUIETAS!
- Viu bebê, é isso que dá trazer qualquer uma pra conhecer mamãe. Nem sei o nome dessa trombadinha!
- Pra isso que servia o almoço, velha desgraçada. Pra nos conhecermos. E meu sobrenome é Gallo, se tanto te importa saber.
- Augustinho meu amor. Responda pra mamãe, quem é a mulher do galo?
- Ó céus. É a galinha!
- Achei seu sobrenome bastante apropriado querida.
- Pra mim chega! Augusto, você vem comigo?
- Claro amor!
Eles estavam prestes a tomar o caminho da rua quando Raquel deu a última cartada.
- Meu bebê, estou tendo um AVC, eu vejo a luz, papai veio me buscar. Socorre mamãe!
Augusto voltou para socorrer sua mãe e quando virou a cabeça para ver a porta já era tarde. Sofia já tinha ido. Raquel estava completamente realizada, era menos um obstáculo, seu preciso bebê era exclusividade dela novamente.
Raquel acreditava no poder do branco.

A cabeça de Paulo coça

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- Amor, agente precisa conversar. E é sério.
Paulo já estava acostumado com aquela frase. Conhecia Marta a cerca de 10 anos, tudo para ela era motivo para uma conversa muito séria. Desde a ameaça de uma Terceira Guerra Mundial até a extrema necessidade de comprar um novo sapato para combinar com aquela bolsa que lhe custou uma fortuna, tudo era de extrema importância. Marta era do tipo fútil, que não amadurecia, passasse o tempo que fosse, era sempre a mesma criança inconseqüente. Agora estavam casados, e apesar de ter escolhido uma mulher defeituosa Paulo estava feliz.
- Paulinho, tem alguma coisa acontecendo, uma coisa... Estranha.
- Você ta grávida?
- Não, na verdade eu acho que eu não te amo mais.
Paulo preferia a gravidez. Sem dúvida.
- Eu acho que, sei lá. Nosso casamento esfriou.
- Mas nós só temos um mês de casados.
Enquanto Marta jogava nele centenas de argumentos pouco convincentes, Paulo repassava rapidamente em sua mente todo o tempo que haviam passado juntos. Nada daquilo fazia o menor sentido, ele era um bom marido. Nunca teve reclamações sobre seu desempenho sexual, abria a porta do carro pra ela e, por vezes, até mandava flores e outros pequenos mimos. Paulo se casaria com ele mesmo, estava certo de que era um bom marido.
- Acho que falta algo no nosso relacionamento.
- Que tal um filho?
- Algo que precise de menos responsabilidade.
- Um cachorro!
- Pensei num amante.
- Amanhã eu compro o cachorro!
- Pense como seria bom ter mais alguém conosco... Na verdade, comigo. Porque você nunca vai conhecer o Raul.
- Raul? Quem é Raul?
- Estou totalmente a favor da coisa de comprar o cachorro!
Paulo dormiu com a sensação estranha de que algo estava acontecendo, ele não sabia exatamente o que era. Sua cabeça coçava. Coçava muito. Mais precisamente a testa.