sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Reflexão

Sim, eu me reservo no meu direito de simplesmente ficar aborrecido com o que quer que seja. E, ainda que eu saiba que talvez eu não esteja certo a respeito de certas coisas, eu sei que os sentimentos são incontroláveis. Então, se vem a vontade de me sentir abandonado, que assim seja.
E ser for só manha.
Que seja manha, então.

Enfim.

Já disse por aqui que ler as pessoas sempre foi meu esporte preferido. É a mais pura verdade. Pra escrever, serve um bom e velho papel. Pra ler, livros nunca são demais. Mas, as pessoas são o meu alvo principal. Elas são como livros. Penso eu que só são um tanto mais imprevisíveis.

Assim como não se deve julgar os livros pela capa, não se deve também julgar as pessoas pela aparência. Isso é muito falho. Eu aprendi a não esperar muito das pessoas de acordo com o que eu via. Eu acho a beleza fundamental. Mas antes dela, muitas coisas devem existir.

É lendo as pessoas que agente descobre se elas são um bom livro ou não.

Mas pense assim: cada pessoa é um livro único, não existe tiragem de cem mil cópias. Cada um é um, e só.
Imagine que você achou um livro que esteja gostando muito. E cada página é a descoberta de um mundo novo.
Agora imagine que após o primeiro capítulo todas as páginas foram arrancadas.
É isso mesmo, roubadas.
Lembre-se que cada livro é individual.
Você nunca vai saber o final dessa história.

Essa é a sensação de perder alguém. O que resta é fantasiar como seria o final. Isso fica a critério da imaginação de cada um.

Infelizmente eu sou imaginativo demais. Meus finais de livro são todos épicos.
É uma pena que não seja assim na realidade.

As vezes nem existe final.
Talvez nunca exista final.
Talvez agente só imagine ele.

Talvez seja isso o que esteja acontecendo agora.
Mas bem que eu queria ler as últimas páginas, queria mesmo.

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